Todo mundo fala que a vida da gente sempre muda radicalmente quando nos tornamos mães. Pois sim, é verdade, mas o que eu mais gostei de todas estas mudanças foram os aprendizados que recebi e que continuo recebendo todos os dias. Optei por compartilhar alguns deles aqui no blog com o intuito de ajudar outras mães e buscar conforto ao saber que não estou sozinha nessa.
Antes de começar, gostaria de deixar claro que estas são experiências pessoais minhas e jamais devem ser consideradas como qualquer forma de aconselhamento ou imposição sobre o certo ou errado. Não sou dona da verdade. Portanto, se você não se identifica ou não concorda com alguma coisa, manifeste-se (se assim desejar) de forma construtiva compartilhando também suas próprias experiências. Vou adorar conhecer o “outro lado da história” também.
Vamos ao que interessa:
1 – Aprendi que colo nunca é demais
Sim, sim, sim e SIM!! Aprendi que dar colo não significa acostumar mal o bebê, não significa mimar, não significa que ele nunca mais vai querer sair do seu colo. Aprendi que colo acalma, faz com que a criança se sinta segura e amada. Dou colo até hoje para a minha filha de dois anos. Ela já está até meio grandinha, mas ainda cabe no meu colo. Darei colo para ela todas as vezes que for necessário, e mesmo que eu não consiga mais carregá-la em meus braços, colo de mãe é eterno e estará sempre disponível por outros meios (já ouviram falar de abraço, cafuné, etc.?)
2 – Aprendi que febre controlada não significa algo ruim
Toda mãe passa pelo trauma da febre, e comigo não foi diferente. Aprendi que a febre representa uma reação do organismo da criança (combatendo a infecção ou a doença), e é sim um bom sinal quando controlada. Aprendi também que não preciso mais ficar ligando para o pediatra a cada cinco minutos em função de uma febre controlada e abaixo de 39,5. Claro que cada caso é um caso, mas os que vivenciei não tiveram grandes complicações. Pelo menos agora eu não surto mais quando minha filha tem febre.
3 – Aprendi que o processo de desmamar não precisa ser rápido nem programado
Sempre defendi a ideia de que iria amamentar minha filha até quando ela não quisesse mais. Entendo também que chega uma hora que as mães não aguentam mais, querem sua vida de volta, passei por isso, mas meu amor por ela e o prazer de amamentá-la falou mais alto. Amamentei até ela ter completado 18 meses, com muito orgulho! E só parei porque foi uma decisão de ambas. Nós duas quisemos isso e estávamos prontas. O processo não foi doloroso, mas também não aconteceu de um dia para o outro.
4 – Aprendi que educar é mais difícil do que se possa imaginar
Sim, a fase bebê tem sua parte difícil e não podemos desmerecê-la. Mas a fase criança, (entre 1 e 4 anos) é realmente punk! Já me senti totalmente perdida, pensei muitas vezes que não estava sendo uma boa mãe. No final cheguei a conclusão que estou sim dando o melhor de mim e fazendo de tudo para que a minha filha receba a melhor educação possível e aprenda tudo da melhor forma. Precisamos mesmo ter uma paciência de jó (talvez até mais do que isso), mas todo o resto é muito mais gratificante. Cada novo gesto, nova palavra, nova descoberta acaba passando por cima de todo o stress desta fase.
5 – Aprendi que gritar não resolve nada
Outra lição que aprendi há alguns meses. Quando a criança te tira do sério… a primeira reação é mesmo gritar com ela, levantar a voz. Pois é, fiz isso uma vez e a experiência que sofri me mostrou que (pelo menos no meu caso) este não é o caminho. Minha filha esperneou mais, fez mais birras, não me ouviu e ainda por cima aprendeu também a gritar. A solução que encontrei foi: o diálogo de igual para igual. Respirei fundo e conversei com ela em um tom de voz bem baixo e calmo. Agachei para ficar na mesma altura que ela e olhava nos olhos dela a todo momento. Conversei e disse porquê não queria que ela fizesse aquilo, abracei, dei carinho, disse que entendia a frustração dela e que podíamos resolver aquilo juntas. O resultado foi perfeito. Hoje ninguêm grita mais e os “pitis” dela diminuíram consideravelmente. Quando sinto que não tenho paciência ou que não vou conseguir manter a calma (sim, isso acontece e como!), me afasto. Dou uma respirada, dou uma volta, e depois volto mais serena e pronta para enfrentar a “fera”. Outras vezes também passo a bola para o pai, afinal temos que dividir todos os momentos certo?
6 – Aprendi que quando os pais estão presentes, outras pessoas devem respeitar a presença deles sempre
Esse foi um aprendizado muito importante. Quando se está diante de uma criança e esta criança está fazendo birra ou algo de errado, e os pais dela estiverem presentes, antes de você se manifestar ou chamar a atenção da criança, aguarde a reação dos pais dela. Não tire a autoridade deles. A responsabilidade de educar o filho é dos pais. E se os pais estiverem conversando com a criança, não fale por eles, não participe da conversa (a não ser que os pais solciitem sua ajuda). Nesta fase é muito importante que a criança aprenda a ouvir e a respeitar seus pais. Você com certeza só quer ajudar, mas no final pode acabar atrapalhando sem querer.
7 – Aprendi que não há vantagem nenhuma em forçar a criança a fazer alguma coisa
Isto também foi algo que aprendi e defendo. Não forço minha filha a abraçar nem beijar ninguém, assim como não a forço a “limpar o prato” nas refeições. O amor deve ser manifestado de forma espontânea e não forçada, e a alimentação deve ser algo prazeroso. As refeições devem ser prazerosas e não um martírio. Não quer comer? Tudo bem. Jajá estará com fome de verdade e vai pedir para comer alguma coisa. Não gosta da comida? Aprendi a respeitar isso também. Quando criança eu também não gostava de várias coisas. Por isso aqui em casa sempre temos um plano B. Minha filha come aquilo que colocamos na mesa, mas caso exista algo de que ela não gosta ou que eu saiba que ela não irá comer, já tenho uma outra alternativa em mãos. Nada como fazer as refeições em paz e sem estresse.
Aprendi várias outras coisas que o dia-a-dia me ensina a todo momento. Em breve compartilho mais com vocês. Notem que o mais importante de tudo isso é que aprendi a relaxar. Sim, você também pode relaxar e criar seu filho da forma que for mais conveniente para você e sua família.
“Você está dando colo demais”, “Olha ela vai ficar mal acostumada”, “Tem dois anos de idade e ainda mama no peito??”, “Ainda usa fraldas??” – Que tal se importar importar menos com a opinião dos outros? Você não está fazendo nada errado. Você está dando o seu melhor em tudo! Levante a cabeça e siga seu coração! Seu filho(a), no futuro, vai agradecer!
E você? Conte para a gente o que aprendeu com a maternidade!!
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