Maternidade

A chegada da Maddie – com emoção!

Quinta-feira, 3 de outubro de 2013. Este dia jamais será esquecido, assim como o dia anterior. Maddie chegou já deixando os pais aqui de cabelo em pé… Vou contar para vocês o motivo.

Confesso que já tinha perdido as esperanças de que a minha querida filhota fosse nascer naturalmente, sem intervenção médica. Já tinhamos até marcado a indução ao parto para o dia 10 de outubro. O fato de ter o dia 10 em mente de alguma forma fez com que eu me sentisse mais relaxada e menos ansiosa. Acho que essa foi a brecha para que tudo acontecesse de outra forma.

Na quarta-feira, dia 2 de outubro cá estava eu saboreando uma deliciosa pizza de peperoni… quando de repente, ao levantar do sofá… a bolsa estourou! E agora? Bem, gostaria de alertar as futuras mamães de que quando a bolsa estoura não é um momento para entrar em pânico. No meu caso tive tempo suficiente para ligar para minha médica, tomar um banho, checar se não estava esquecendo de nada e enfim seguir para o hospital.  Cgehando lá tive tempo de sobra para me instalar e as enfermeiras realizaram todo o procedimento (colocar soro, monitorar batimentos cardíacos e o rítimo das contrações). Até comi gelatina e dei risada com as “meninas” do hospital.

A coisa começou a ficar séria por volta das 11:30 da noite, quando percebi que as contrações estavam bem fortes. Eu estava decidida a não tomar nenhum tipo de anestesia. Queria que ela nascesse da forma mais natural possível. O problema é que na hora H as coisas mudam… e muito. A dor é simplesmente fora do comum. Não consegui suportar e tive que pedir ao médico que desse anestesia (Epidural). Após 20 minutos já não sentia mais nada, nem mesmo as minhas pernas. Foi um alívio. A partir daí era só esperar os famosos 10 centímetros de dilatação para começar a empurrar.  Usei a chamada “birthing ball”, uma bola de exercícios que acaba estimulando as contrações e a dilatação da região pélvica. Super recomendado para todas as mamães em trabalho de parto. A bola ajudou e muito. Assim que terminei o exercício já estava com 8 centímetros de dilatação!

Birthing Ball
Birthing Ball

Às 4:00 da manhã do dia 3 de outubro tive a grande notícia: finalmente estava com 10 centimetros de dilatação e já podia começar a empurrar. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi alívio, pois imaginava que a partir de agora tudo seria muito rápido e em uma hora mais ou menos teria minha bebê nos braços. Bem… não foi exatamente assim que aconteceu.

Madeline estava pronta para sair pelo canal vaginal, porém sua cabeça estava inclinada para um dos lados, o que fez com que eu ficasse fazendo força para empurrar durante 8 horas. Isso mesmo, a cada dois minutos de contração eu tinha que segurar a respiração e empurrar (fiz isso durante 8 horas). Quando achava que não tinha mais forças para empurrar, algo mais forte do que eu fazia com que eu empurrasse ainda mais. É a vontade de ter minha pequena nos braços e o sentimento de mãe que falava mais alto. Finalmente as 11:45 da manhã do dia 3 de outubro, a médica alertou: Madeline estava com os batimentos cardíacos bem abaixo do normal, e tínhamos que intervir abrindo mais a vagina para que ela pudesse sair (eu levaria 6 pontos em função dessa intervenção). Finalmente as 11:49 ela nasceu… mas não chorava, e eu começei a ficar desesperada.

De repente vi que a médica não deixou o marido cortar o cordão umbilical. Ela mesma o fez e levou a bebê para a outra mesa onde uma equipe de 7 médicos estava lutando contra o relógio. Neste momento eu só conseguia pensar na minha filha… onde ela estava, por que não chorava e tudo mais. Após 10 segundos ouvi o primeiro choro da pequena Maddie. Não consigo explicar o alívio que senti naquele momento, e jamais em toda a minha vida poderia imaginar a dor de perder alguém que simplesmente já era tudo para mim. Quem é mãe sabe do que estou falando.

O susto aconteceu em função da “síndrome de aspiração meconial”, ou seja, quando um feto aspira mecônio, o que pode obstruir as vias respiratórias e irritar os pulmões. O mecônio é a matéria verde-escura que se encontra no intestino de um feto de 36 semanas de gestação. Como resposta a qualquer causa de sofrimento, o feto excreta mecônio no líquido amniótico. O feto em sofrimento também abre a boca energicamente, aspirando nos seus pulmões o líquido contaminado. Depois do nascimento, o mecônio pode obstruir as vias respiratórias, causando o colapso dos sacos de ar (alvéolos) abastecidos por elas. Da mesma maneira, o ar inalado pode ficar preso em certas zonas abastecidas por brônquios parcialmente obstruídos e isto causa hiperinsuflação pulmonar.

Graças à Deus e à equipe médica, foi possível aspirar todo o mecônio das vias respiratórias da Maddie a tempo, e ela foi salva.

Madeline nasceu saudável, sem sequelas e linda de viver! Ela só quase matou os pais do coração, mas tudo valeu a pena. Agradeço todos os dias pela saúde perfeita da minha filha.

Não disse para vocês que o nascimento dela tinha sido com emoção? Pois é, e que emoção!!! Agora é só me adaptar à nova rotina e encher a minha neném de beijos!

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8 comentários em “A chegada da Maddie – com emoção!

  1. Olá que maravilha sua história parabéns a vcs e que Deus continue abençoando o caminho de vcs

  2. Ahhh !!! Maddie já estava coladinha ao anjinho da guarda dela e sempre estará ao lado dela p quando ela precisar! Que Deus iluminem sempre vcs e muitas alegrias serão anunciadas nesse lar. Parabenssss e mta luz sempre!! S2addie chegou !!! S2

  3. Encheu-me os olhos de lagrima. Tambem tive complicacoes no parto do Liam – sei bem como se sente este medo singular.
    Maddie e uma bebezinha maravilhosa! Muitas bencaos para voces tres e muitas felicidades, Mama Batdorf.
    Agora mais que nunca, seus instintos estarao a flor da pele. Siga-os e voces estarao bem!
    Um beijo carinhoso,
    Beta

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